Câmera semiprofissional ou profissional, qual a diferença?
O varejo tende a classificar modelos básicos como semiprofissionais, e qualquer câmera DSLR como profissional, para "agregar valor". Já as lojas especializadas e fotógrafos profissionais, simplesmente as classificam pelas suas principais características: compactas, DSLR, full-frame ou médio formato.
Um equipamento para uso profissional é um equipamento mais robusto, que resistirá a condições climáticas adversas e ao uso intenso. Uma câmera básica provavelmente não resistiria muito tempo nas mãos de quem trabalha com fotografia 8 horas por dia.
Câmera profissional ou não, quem comanda o clique é o fotógrafo. O que importa é alcançar seus objetivos, o conhecimento técnico, a vontade de aprender e a criatividade. As possibilidades do equipamento também é um fator importante, mas o trabalho de um fotógrafo profissional não deixará de ser profissional por ter usado uma câmera básica, da mesma maneira que um fotógrafo iniciante não se tornará um profissional gabaritado só por ter usado uma câmera avançada.
Resolução e tamanho do sensor
O tamanho do sensor não é uma característica muito explorada pelo varejo. Anunciar a quantidade de mega pixels "agrega mais valor ao produto", aos olhos do consumidor leigo.
A grosso modo, um sensor grande capta mínimos detalhes "sem fazer esforço". Quanto maior a quantidade de megapixels, maior é a imagem gerada pela câmera. E quanto maior o sensor, maior é a capacidade de registrar detalhes com qualidade. Você provavelmente irá obter melhores imagens com uma câmera DSLR de 12 megapixels, do que utilizando um smartphone de 20 megapixels, pois o sensor de uma DSLR é muito maior.
No geral, compactas básicas e as superzoom são equipadas com sensores 1/2.3" (6,17 x 4,55 mm), e as DSLR com sensores APS-C (25,1 x 16,7 mm). As dimensões dos sensores das full-frame são de 36 x 24 mm, e as de médio formato 44 x 33 mm.
Velocidade
Para quem deseja fotografar cenas de ação e movimento, o melhor é optar por modelos que permitem fazer mais cliques por segundo com resolução máxima (disparo contínuo).
Câmeras DSLR de entrada captam em média 4 imagens por segundo, ou seja, uma imagem a cada 1/4 de segundo (0,25"). Alguns modelos, como a Sony SLT-A37, fazem 7 fotografias por segundo, uma taxa alta dentre os modelos mais básicos.
E porque a velocidade é importante? Imagine que você esteja fazendo o registro fotográfico de uma corrida, onde 1 décimo de segundo pode fazer toda a diferença. Este é o tipo de situação que não se repete, ou seja, você tem apenas uma chance de registrar o momento. Por isso fotógrafos utilizam o disparo contínuo da cena, e depois escolhem a melhor imagem entre as dezenas que foram feitas.
Sensibilidade (ISO)
Sensibilidade é a capacidade do sensor captar mais ou menos luz. Uma câmera configurada com ISO 400 capta a imagem muito mais rápido que outra configurada com ISO 100, por exemplo.
Em ambientes muito claros, diminuímos a sensibilidade (ISO) para evitar que a foto saia branca demais. Em praias ensolaradas, por exemplo, configuramos a ISO para 100. Por outro lado, quando estamos em ambientes escuros, aumentamos a sensibilidade para conseguir captar a imagem, como a ISO 600, por exemplo.
Neste ponto, os modelos mais recentes possuem configurações muito semelhantes: ISO de 80 a 6.400. Algumas ainda oferecem um "boost" para 12.800. Na prática, a imagem apresentará "granulação" (ruído) a partir da ISO 600. Mas ajustando as demais configurações, é possível obter boas fotos e vídeos com ISO 1.000 com mínimo ruído. Em câmeras avançadas, a granulação surge a partir de sensibilidades mais altas
Fonte: TechTudo
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